Intervenção Precoce: Um Desafio na Infância
Ciclo de Intervenção do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI)
Para que melhor se compreenda a intervenção precoce e o seu funcionamento, hoje propomo-nos explicar o que é e como decorre o ciclo de avaliação e intervenção do SNIPI. Apresentamos, no final do artigo, um vídeo ilustrativo de todo este processo.
O ciclo de avaliação e intervenção do SNIPI é um processo dinâmico, que se adequa às circunstâncias únicas de cada família e suas prioridades. Só práticas individualizadas, “feitas à medida”, podem dar a resposta adequada a cada caso. Atualmente, os resultados são medidos não só pela evolução do desenvolvimento da criança, mas também pelos ganhos da família em termos de competências e autonomia. Cada etapa tem um propósito claro, sendo o empowerment e a capacitação da família o mote para a sua concretização.
(Carvalho. L et al. (2016). Práticas Recomendadas em Intervenção Precoce na Infância: Um Guia para Profissionais. Coimbra: Associação Nacional de Intervenção Precoce)
Este processo é composto por várias fases, sendo a primeira delas a Referenciação – formalização de uma necessidade de apoio/acompanhamento para uma criança e a sua família, a qual pode ser realizada por várias vias – pais, médicos, educadores, técnicos, familiares, etc… (a família é informada da Referenciação para o SNIPI).
Após a referenciação, é realizada a Avaliação das necessidades e prioridades da família – com a família e no contexto da criança (casa, creche, jardim de infância). Nesta fase é importante conhecer as competências funcionais da criança e as características dos contextos.
Segue-se a Planificação da Intervenção – adequada à avaliação realizada e às prioridades da família. Nesta fase é, normalmente, efetuada uma avaliação do desenvolvimento da criança. Posteriormente, planificamos com a família as estratégias e as atividades nos vários contextos naturais da criança. Faz-se um levantamento dos recursos da comunidade. Elabora-se em conjunto com a família o PIIP – Plano Individual de Intervenção Precoce.
A fase seguinte é a Implementação dos Serviços – inicia-se, concretamente, a intervenção direta com a criança e a sua família, no contexto e periodicidade estabelecidos em conjunto, articulando os saberes de todos os técnicos envolvidos.
Todo o processo é desenrolado num continuum, o Follow-up – para se ir adequando/ajustando/alterando estratégias e objetivos.
Na última fase do ciclo faz-se a Preparação da Transição – quando a criança muda para outro contexto (educativo ou domiciliário) ou deixa de necessitar de intervenção por terem sido alcançado os objetivos estabelecidos.
Para melhor compreender este processo, propomos a visualização do vídeo da página oficial do SNIPI: https://www.youtube.com/watch?v=wlhzvbTVSjU