Intervenção Precoce: Um Desafio na Infância
O papel do Terapeuta da Fala na ELI
Receita: Desenvolvimento harmonioso das crianças e das suas famílias.
Ingredientes: 1 taça de Intervenção Precoce, 1 colher de transdisciplinaridade, 1 copo de Terapia da fala.
PS: As quantidades e ingredientes estão sujeitos a alterações.
Preparação… Afinal, como poderemos preparar esta receita?!
A Intervenção Precoce valoriza a intervenção centrada na família, assente num modelo transdisciplinar. Este modelo permite que a caminhada decorra de forma harmoniosa, promovendo a participação ativa das famílias e a intervenção de profissionais de áreas diversificadas (Carvalho et al., 2016).
Cada criança é um ser único, com um ritmo próprio, assim como a sua família. Não existem duas crianças ou duas famílias iguais.
A intervenção deverá ser desenvolvida de acordo com as especificidades de cada caso, valorizando-se o contexto natural e as rotinas.
A chave do sucesso assenta na partilha e na valorização de todos os intervenientes. Os profissionais e as famílias passam a fazer parte de uma equipa, na qual todos têm o seu papel e devem dar o seu contributo. O trabalho em equipa enaltece todos os elementos que a constituem, destruindo barreiras e potenciando saberes (Carvalho et al., 2016). A equipa deverá ser constituída por profissionais de diversas áreas, tais como a educação, a psicologia, a saúde e a segurança social. Esta rede enriquece a mediação de cada elemento e os resultados da intervenção.
O Terapeuta da Fala (TF), enquanto elemento da Equipa, assume-se como um dos ingredientes desta receita. A sua abordagem deverá ser centrada na família e implementada, idealmente, nos contextos naturais da criança.
O TF atua ao nível da prevenção, avaliação e intervenção em áreas como: comunicação, linguagem, articulação verbal e motricidade orofacial (Carvalho, 2015). Na ELI, poderá assumir um papel de mediador ou de colaborador, dependendo da situação (Carvalho et al., 2018, citado por Aradas, 2019). Simultaneamente, poderá auxiliar nas seguintes situações:
- Identificação das prioridades, necessidades e preocupações da família;
- Explicitação do papel do SNIPI e do TF.
- Reforço da participação ativa da família;
- Facilitação da comunicação entre todos os elementos envolvidos;
- Definição, avaliação e monitorização dos planos de intervenção;
- Capacitação da família, através da partilha de estratégias;
- Consciencialização da comunidade sobre a importância da intervenção precoce e da estimulação da comunicação e da linguagem.
Hummm, e o segredo desta receita?!
A partilha e a empatia, palavras sábias e de grande peso serão o verdadeiro “toque secreto”! Use e abuse destes ingredientes e, neste caso, não os esconda, partilhe-os!